FOBÓPOLE: A CIDADE DO MEDO
Nos últimos dez anos acompanhamos o crescimento da violência nas cidades e em consequência o seu alastramento tomando cidades do interior. Algumas percepções do medo irradiado nas metrópoles passaram a ser preocupação também dos moradores da zona rural ou de cidades mais afastadas das capitais brasileiras. Uma urbanização inconsequente criou metrópoles tomadas pelo medo, o que um autor cunhou de Fobópole (SOUZA, 2008), ou, cidade do medo, derivadas das palavras gregas phóbos (medo) e polis (cidade). Nelas, as conversas e noticiários da imprensa giram em torno do medo de se tornar mais uma vítima da violência, gerando assim atitudes do Estado e da Sociedade Civil, de forma a reprimir, prevenir ou se defender de um suposto ato violento, ocorrendo conseqüentemente alterações no planejamento da cidade, no seu desenvolvimento e na democracia (Souza, 2008:09). Uma cidade do medo faz com que as pessoas modifiquem seus hábitos diuturnamente, onde os laços sociais são de pouca