OS FATORES HARTUNG E MARINA


Pesquisas Eleitorais são um “Flash” do momento político, trazendo para o dia-dia são a tabela do Brasileirão em cada rodada. Ou seja, daqui a pouco quem estava fadado a ser jogado para a 2ª Divisão, renasce e chega respirando sem a necessidade de aparelhos. Assim são as pesquisas, mesmo que aponte rumos, são as preliminares ou o acompanhamento do que está acontecendo, mas não é o resultado final, bem como podem ter “influências” que pesam na valoração da analise dos resultados apresentados.
A Gazeta política publicou hoje um flash do momento de sucessão ao Governo Estadual e ao Senado(com uma vaga). Creio que na avaliação dos dados faltou um fator: o fator Paulo Hartung (citado daqui em diante pela sigla PH).

Caso PH seja candidato ao Senado Federal apoiando Ricardo Ferraço como Candidato ao Governo Estadual e o Governador Renato Casagrande mantenha-se em cima do muro para a eleição a Presidência, nada será como antes, nem como pinta a Pesquisa da Futura.

É muito fácil colocar colocar um cenário sem atritos, como se fossem sem influência, um com o outro, mas sabemos que não é. O candidato ao Senado influencia a candidatura a Governador e vice-versa, bem como o(a) presidenciável influencia a eleição a governador e vice-versa. Não há como fugir disso, talvez seja um enigma político esse emaranhado de poder-poder brigando em torno do próprio poder.

O Diretor da Futura em entrevista a Gazeta afirmou que: “Considerando os números da pesquisa a entrada de Hartung mudaria o cenário da eleição em primeiro turno para uma disputa apertada em segundo turno”. Isso ele afirma pensando na possibilidade de PH candidatar-se ao Governo. Mas esquece-se que PH já está trincheira, ou seja, caso candidate-se ao Senado e apóie Ricardo Ferraço, fechando as feridas do “Abril Sangrento”, Ferraço ganhará “Capital Político” e o 2º turno poderá ser Casagrande X Ferraço, com PH apoiando o segundo. 

Enquanto Casagrande promete ficar em cima do muro em relação a sucessão presidencial, pela pesquisa da Futura, fica claro que novamente a oposição, diga-se Marina, caso seja a candidata pelo PSB/REDE, pode ser um diferencial no ES e talvez em muitos outros estados em que a presença da dobradinha PT /PMDB não seja bem-vinda. Pela pesquisa ela ganha no Espírito Santo com tranqüilidade de Dilma, se eu fosse ela passaria pelo menos alguns dias do Verão em nossas praias.

A sombra de PH e de Marina sobrevoam as eleições no ao Governo e a Presidência da República, para Casagrande a opção de ficar “em cima do muro” talvez não seja tão boa quanto parece...


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