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Mostrando postagens de outubro, 2011

FOBÓPOLE: A CIDADE DO MEDO

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Nos últimos dez anos acompanhamos o crescimento da violência nas cidades e em consequência o seu alastramento tomando cidades do interior. Algumas percepções do medo irradiado nas metrópoles passaram a ser preocupação também dos moradores da zona rural ou de cidades mais afastadas das capitais brasileiras. Uma urbanização inconsequente  criou metrópoles tomadas pelo medo, o que um autor cunhou de Fobópole (SOUZA, 2008), ou, cidade do medo, derivadas das palavras gregas phóbos (medo) e polis (cidade). Nelas, as conversas e noticiários da imprensa giram em torno do medo de se tornar mais uma vítima da violência, gerando assim atitudes do Estado e da Sociedade Civil, de forma a reprimir, prevenir ou se defender de um suposto ato violento, ocorrendo conseqüentemente alterações no planejamento da cidade, no seu desenvolvimento e na democracia (Souza, 2008:09). Uma cidade do medo faz com que as pessoas modifiquem seus hábitos diuturnamente, onde os laços sociais são de pouca

UMA RUA CHAMADA VALONGO

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Uma descoberta reacende a discussão de como são mantidos os sítios arqueológicos e históricos no Brasil: a descoberta em março das ruínas do Cais do Valongo no Rio de Janeiro. Com a chegada dos jogos olímpicos de 2016 a cidade passa por uma reforma e a zona portuária é um dos locais que precisam ser embelezados para os nossos turistas. O achado arqueológico foi localizado entre uma praça, o morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá, sob a Av. Barão de Tefé. O Cais do Valongo foi construído em 1758 com o único objetivo de receber os navios negreiros, suas atividades duraram até 07 de novembro 1831, pelo menos oficialmente, quando as leis para “inglês ver” proibiram as importações de escravos. Até 1758 a venda de escravos se fazia ao longo da Rua Direita, a mais antiga do Rio, mas devido ao estado de saúde dos africanos e o medo de contágio por doenças foi construído o Cais para que a “cidade européia” que vivia as expensas do trafico negreiros e do trabalho esc