Treze de Maio: O espelho que só reflete o que queremos ver.
O 13 de maio traz em si uma discussão sobre a tradição. Se há pouco tempo atrás se comemorava a data e louvava-se a Princesa Isabel, a “redentora” pelo ato de libertar os escravos no Brasil, hoje há uma “tradição inventada”. Se o 13 de maio deixa de ser a data de comemoração ou rememoração do ato do fim da escravidão brasileira, simbolicamente há de se buscar uma data que signifique o aspecto da luta do negro para a sua emancipação, não como se sua liberdade viesse do Estado nascente brasileiro, mas como um processo de luta em que o próprio negro interviu de várias maneiras e principalmente pela resistência. A tradição inventada, conforme Hobsbawm visa o inculcamento de valores e normas de comportamento através da repetição, o que faz com que o passado passa a ter uma continuação no presente, mas neste caso com um novo significado. Falo da “tradição inventada”, pois se constitui o 20 de novembro na data de novo significado do passado escravista brasileiro. Se o 13 de maio é uma “