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Mostrando postagens de janeiro, 2016

SOMOS TODOS CHARLIE HEBDO?

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Desde a segunda Guerra Mundial não se tinham notícias de uma onda migratória tão grande para Europa como se tem notícia após o início da “Primavera Árabe”, ou seja, uma série de manifestações e protestos que tomaram conta do Oriente Médio e do norte da África a partir de dezembro de 2010. Essas manifestações mudaram totalmente as perspectivas políticas, econômicas e a geopolítica mundial. Diferente das manifestações de rua brasileira, o que se viu na região foram deposição de governos, guerras civis, revoluções, reestruturações políticas, econômicas, geopolíticas e crises sociais. Há ainda muitas regiões em conflito. A Síria é um exemplo de país onde as mudanças oriundas da Primavera Árabe ainda não terminaram. O conflito iniciado em janeiro de 2011 através de manifestações populares, utilizando-se, inclusive, as mídias e as redes sociais buscava inicialmente liberdade de imprensa e a defesa dos direitos humanos, o fim do regime Bashar Al Assad, com a proposta de uma tr

QUE HORAS ELA VOLTA? A Hipocrisia da ascensão social brasileira.

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O filme “Que horas ela volta?” de Anna Muylaert traz a tona a discussão de como a ascensão social em nosso país é considerada ainda uma anomalia. O filme mostra uma família de classe média onde as relações internas estão bem delineadas, além de mostrar que a ascensão das mulheres após saírem de casa, dependeu também de que outras mulheres, que em busca da mesma liberdade trocaram seu “lugar” em troca do trabalho e uma melhora de vida. No filme a empregada doméstica, VAL (interpretada por REGINA CASÉ) que migrou de Pernambuco para São Paulo(como tantos outros nordestinos) é  empregada doméstica da residência onde moram uma família de classe média composta por um pai que não sabe ainda que perdeu o poder da família patriarcal, uma mãe que é uma das facetas da mulher emancipada e que trabalha e conduz a família e um filho mimado que tem todas as suas vontades feitas pelos pais. Parece uma descrição simples de uma família, mas não é. A personagem VAL é colocada o tempo todo con