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Mostrando postagens de 2016

TRUMAN – UM CÃO, A SOLIDÃO E O FIM DA VIDA.

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                                                      Truman filme do espanhol Cesc Gay (49 anos) é muito mais do que um filme sobre um homem e um cão. É a película que fala sobre as decisões de um homem, JÚLIAN, diante da morte. Interpretado pelo ator argentino RICARDO DARÍN, JULIAN tem câncer e diante da morte resolve enfrentá-la frente a frente, o que causa estranheza aos seus amigos. O seu melhor amigo, THOMAS, interpretado pelo ator espanhol JAVIER CÁMARA (ambos já haviam trabalhado no filme anterior de CESC GAY,“O que os homens falam”(2012) viaja para passar quatro dias com ele e com isso se despedir do amigo de infância. Estranhamente, o cão chamado TRUMAN que dá nome ao filme é um coadjuvante e a busca por um novo lar para TRUMAN é uma forma de planejar, também, com quem seu cão deve morrer já que se encontra também velho. Essa observação não é para diminuir o valor de TRUMAN no filme, mas para que o expectador não vá em busca de mais um filme sobre o homem e o c

SOMOS TODOS CHARLIE HEBDO?

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Desde a segunda Guerra Mundial não se tinham notícias de uma onda migratória tão grande para Europa como se tem notícia após o início da “Primavera Árabe”, ou seja, uma série de manifestações e protestos que tomaram conta do Oriente Médio e do norte da África a partir de dezembro de 2010. Essas manifestações mudaram totalmente as perspectivas políticas, econômicas e a geopolítica mundial. Diferente das manifestações de rua brasileira, o que se viu na região foram deposição de governos, guerras civis, revoluções, reestruturações políticas, econômicas, geopolíticas e crises sociais. Há ainda muitas regiões em conflito. A Síria é um exemplo de país onde as mudanças oriundas da Primavera Árabe ainda não terminaram. O conflito iniciado em janeiro de 2011 através de manifestações populares, utilizando-se, inclusive, as mídias e as redes sociais buscava inicialmente liberdade de imprensa e a defesa dos direitos humanos, o fim do regime Bashar Al Assad, com a proposta de uma tr

QUE HORAS ELA VOLTA? A Hipocrisia da ascensão social brasileira.

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O filme “Que horas ela volta?” de Anna Muylaert traz a tona a discussão de como a ascensão social em nosso país é considerada ainda uma anomalia. O filme mostra uma família de classe média onde as relações internas estão bem delineadas, além de mostrar que a ascensão das mulheres após saírem de casa, dependeu também de que outras mulheres, que em busca da mesma liberdade trocaram seu “lugar” em troca do trabalho e uma melhora de vida. No filme a empregada doméstica, VAL (interpretada por REGINA CASÉ) que migrou de Pernambuco para São Paulo(como tantos outros nordestinos) é  empregada doméstica da residência onde moram uma família de classe média composta por um pai que não sabe ainda que perdeu o poder da família patriarcal, uma mãe que é uma das facetas da mulher emancipada e que trabalha e conduz a família e um filho mimado que tem todas as suas vontades feitas pelos pais. Parece uma descrição simples de uma família, mas não é. A personagem VAL é colocada o tempo todo con